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The Visit (A Visita) – 2015

M. Night Shyamalan foi apontado, no começo deste século, como o homem capaz de revolucionar o gênero de suspense. Após engatar quatro filmes com ótimos números de bilheteria (The Sixt Sense, Ubreakable, Signs e The Village), Hollywood passou a dar cada vez mais espaço (e dinheiro) para seus projetos em Hollywood. Desde Lady in the Water, Shyamalan engatou outra sequência – só que negativa: odos seus longas a seguir foram moldados a partir de péssimos roteiros. The Visit (A Visita, no Brasil) infelizmente é entra nesta conta. Se tivesse sido realizado quinze anos atrás, na carona de The Blair Witch Project, talvez esta produção ainda tivesse algum ponto positivo.

A falta de originalidade começa com a típica história de terror filmada em primeira pessoa. Em uma mistura de ‘fita perdida’ com um documentário pessoal,  Becca (Olivia DeJonge) e Tyler (Ed Oxenbould), deixam sua mãe por uma semana para visitar a casa de seus avós. O problema é que eles nunca se encontraram antes, por problemas familiares. Ao chegar na casa dos idosos, os irmãos passam a desconfiar do comportamento estranho de ambos.

The Visit é um filme que não sabe como explorar o roteiro. A ‘grande descoberta’ apresentada ao espectador na metade final do longa, não leva em conta a tecnologia e o avanço das redes sociais. Shyamalan, por exemplo, parte da premissa que apenas pelo Skype uma pessoa pode ver o rosto da outra via internet. Não se pode postar um vídeo no Youtube, não se pode postar uma foto no Facebook. Esses pequenos detalhes acabam virando uma bola de neve na medida em que o diretor fecha seu campo e propõe ao espectador uma cegueira completa. O mundo real não existe, o que vale é o universo criado no filme.

O sentimento de que estamos assistindo a uma piada ambientada em um filme de terror se confirma quando os sustos propostos pelo diretor são recebidos da maneira contrária. Tudo é jogado na tela sem capricho. O péssimo gosto na caracterização de personagens – quem teve a brilhante ideia de colocar uma criança de oito anos para cantar músicas nonsense? – e a edição porca deixam The Visit sem salvação. Em determinados momentos, o diretor se esquece que ele propôs o filme a partir da ponto de vista de duas crianças e coloca a câmera a uma altura muio maior do que ambas poderiam conseguir. Como citei anteriormente, apenas um detalhe dentre tantas coisas que poderia discutir aqui.

Shyamalan reuniu uma boa coleção de clichês não acrescentou nada de novo a um gênero completamente batido. Além de ser um fracasso geral, a cena final do filme faz graça com a inteligência do público, oferecendo um desfecho absurdo para uma história ridícula.

NOTA: 2/10

IMDb

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