Filmado em formato anamórfico, Suspiria é um filme italiano produzido no começo da carreira do diretor Dario Argento. Parte do popular genêro Giallo (que mistura elementos misteriosos com adições de roteiro típicas de slashers), o surrealismo e a falta de nexo mesmo em passagens simples constroem uma experiência única para o espectador.
Suzy (Jessica Harper) é uma americana que busca aperfeiçoar suas técnicas de balé. Ela chega na Alemanha e se dirige para a Academia de Dança de Friburgo, onde vê uma menina desesperada correndo de alguém e pronunciando palavras soltas, aparentemente sem sentido. No dia seguinte, a jovem é encontrada morta, o que causa espanto em Suzy. A partir daí, ela começa a se relacionar com outras estudantes e passa a duvidar de tudo o que acontece naquele local.
Se a produção é extremamente precária – e Argento não faz questão de esconder isto por um segundo sequer – por outro lado é incrivelmente chamativa e bela. A fotografia privilegia o uso abundante da paleta de cores, com diversos filtros interessantes que variam do rosa ao cinza, com destaque, é claro, para as cores vivas. De fato que, em determinado momento, é difícil acreditar que aquela mansão abrigava um segredo terrível por trás.
Suspiria é um ótimo exemplo de como uma trilha sonora de extrema qualidade afeta diretamente o resultado final de um longa. Composta pela banda de rock progressivo Goblin, ela dá o incremento perfeito a longa um tanto quanto estranho. Por conta de sua complexidade técnica e artística, Suspiria é um filme de terror interessante, mas não deve ser a primeira opção para quem busca introdução na filmografia de Argento.
NOTA: 5/10