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The Inner Circle (O Círculo do Poder) – 1991

Ao mesmo tempo em que a União Soviética vivia seus últimos momentos, Hollywood abria as portas para a história do país que outrora foi considerado como a principal ameaça para a existência dos Estados Unidos. The Inner Circle (O Círculo do Poder, no Brasil) é apenas um de tantos longas produzidos entre 1990 e 1994 – no qual destaca-se Stalin, vencedor de três Globos de Ouro – estrelado por Robert Duvall. Para não serem acusados de fazer propaganda ideológica anti-Stalin, os produtores de The Inner Circle contrataram o diretor russo Andrei Konchalovsky, que colecionava prêmios e nomeações em solo americano e despontava como principal nome de seu país no cinema ocidental.

Ivan Ganshin é um projetista de filmes da KGB. Dentre propagandas e lançamentos do cinema, sua vida gira em torno da operação dos projetores que levam entretenimento e informação para milhares de soldados estacionados em Moscou. Certo dia, após o projetista chefe falecer, ele é chamado as pressas ao Kremlin para exibir um filme para o círculo de amigos de Stalin. Sua agilidade chama a atenção dos Generais, que decidem o contratar para o cargo.

A preocupação com a imagem de Stalin é forte, e uma das explicações para o fracasso deste filme. É notável todo o culto a personalidade ao líder russo – pessoas choram, tremem e suam apenas ao vê-lo de perto. O objeto central de análise – Ivan – é um dos atingidos por essa emoção, mas o filme não analisa muito mais que isso.

Poucas vezes vi um péssimo aproveitamento de tempo como em The Inner Circle. Com mais de das horas de duração, o roteiro aposta em episódios soltos, que variam desde a entrada da União Soviética na Segunda Guerra Mundial até a relação da mulher de Ivan com uma menina órfã e o envolvimento da moça com Lavrentiy Beria. Não existe um foco definido, tudo corre em torno de uma saga de romance rodeado de melodrama.

A rica história de Ivan – baseado em Alexander Ganshin – fica de lado. Ao invés de construir a doentia personalidade de Stalin através das exibições privadas, apenas duas vezes observamos o líder soviético assistindo a películas. Por sinal, Stalin é apresentado ao espectador como uma figura grandiosa, e não se discute por um segundo o aparelhamento da burocracia russa e seus podres.

NOTA: 3/10

IMDb

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