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Slow West (A Caminho do Oeste) – 2015

Slow West (A Caminho do Oeste, no Brasil) vive de sua fotografia espetacular e deslumbrante. Ela deixa para trás os personagens mal esboçados e a história insignificante apresentada pelo diretor John Maclean em seu primeiro longa metragem.

A história começa citando o bom e velho ‘era uma vez’ – que já dá tons de uma fábula, algo um tanto que estranho para um filme deste gênero. A partir disso, somos apresentados ao jovem Jay Cavendish (Kodi Smit-McPhee) – que mal consegue segurar uma arma no meio de um ambiente perigoso que é Colorado após a guerra civil. Recém chegado da Escócia, ele busca desesperadamente por sua amada, que fugiu para os Estados Unidos com seu pai após um acidente. Sem saber lidar com a nova situação, ele encontra Silas Selleck (Michael Fassbender), que passa a narrar o filme ao mesmo tempo que ajuda Jay a cumprir seu objetivo.

O western está morto? A resposta para essa pergunta requer uma análise profunda na estrutura do estilo que marcou várias décadas. Seja nos Estados Unidos, na Itália ou mesmo na Inglaterra, existe uma grande dificuldade de se adaptar as histórias de um século e meio atrás para o público atual. Parece que já estamos acostumados com o sangue, barbárie e violência. Nada é surpresa. Se na década de 1950 era mais interessante resgatar histórias de quatro ou cinco gerações anteriores, podemos dizer o mesmo agora, não é? Até mesmo pelos padrões morais – se é que podemos falar assim – é muito difícil lidar com produções fracas baseadas em um roteiro com o único objetivo de tentar criar uma falsa sensação de surpresa no público.

Mas o maior problema de Slow West é a própria condução. A edição não privilegia o cenário e balança entre a relação de Jay com Silas – ao mesmo tempo que busca desesperadamente contextualizar e mostrar caçadores de recompensas em atividades soltas, sem relação clara com o que estamos assistindo. Quando o contorno é realizado, tudo parece sem sentido.

O festival de mortes de Slow West não chama a atenção. Talvez fosse diferente se existisse alguma articulação maior do roteiro em torno do personagem de Fassbender, uma estrela que pede cada vez mais seu espaço, mas ainda encontra dificuldades para se encaixar em um bom filme. Deixa claro que, para um western sobreviver ao feroz padrão do cinema atual, deve virar tudo ao avesso, como Tarantino fez recentemente com Django. Coisa para poucos.

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NOTA: 4/10

IMDb

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