Desde o lançamento de Despicable Me, em 2010, a Universal vinha recebendo constantes pressões de seus parceiros e de seu público para lançar um spinoff com os Minions (que aumentou ainda mais com a segunda entrada na série que conta os casos do vilão Gru). A produção coordenada por Kyle Balda e Pierre Coffin sustenta-se nas excelentes sacadas lançadas na primeira meia hora de filme, que dão uma ótima visão sobre os estranhos personagens amarelos que conquistaram as audiências mundo afora.
A primeira parte do filme é sensacional: o narrador Geoffrey Rush explica ao público que os Minions estão presentes no universo desde o seu surgimento. Eles são seres bobos e que precisam de uma forte liderança – sempre ligada a seres maléficos. As primeiras cenas do filme dão um breve panorama da história mundial, desde os tempos dos dinossauros até a contemporaneidade. Em torno de milhares de anos, os Minions serviram os faraós do Egito antigo, criaturas estranhas como o Conde Drácula e mesmo Napoleão. Após serem perseguidos pelo exército francês, a população de Minions fica confinada em uma grande caverna até o ano de 1968 (forma encontrada para não criar polêmica ao expor os amarelinhos com os nazistas).
A partir daí, o filme entra em um looping bastante tedioso, contado em cima de uma história sem sal e que poderia ter sido muito melhor montada se não fosse a pressa do estúdio em entregar o quanto antes a animação. Stuart, Kevin e Bob (todos com voz de Peter Coffin) decidem sair da zona de conforto e partem em busca de um novo líder para os Minions. Eles descobrem que a cidade de Orlando irá organizar uma edição da Villain-Con e correm para conseguir entrar no evento. Lá, eles se aliam à malvada Scarlet Overkill (Sandra Bullock), que tem planos de tomar a coroa da Inglaterra.
Deixando de lado os problemas do roteiro, algo até comum para as animações deste tipo, que há tempo adotam o padrão de se estruturarem em cima de situações engraçadas e absurdas (ao menos nos EUA), o ponto de destaque de Minions é saber dar uma boa introdução sobre as origens dos seres, seus objetivos, e também o primeiro contato deles com Gru.
Minions mostra que o spinoff pode viver definitivamente com suas próprias pernas e se tornar mais uma franquia lucrativa para a Universal. A quebra de recordes em vários países (incluído o Brasil) é a prova disso. Seguindo os moldes de Despicable Me, a série é um sucesso absoluto em todas as faixas etárias, gerando um público sedento em consumir todos os produtos ligados aos simpáticos seres amarelinhos. Cabe a Universal manter o alto nível com um investimento ainda maior daqui pra frente.
NOTA: 6/10