Caros leitores.
Como um dos membros cadastrados pela Academia para receber os boletins de atualização da Board of Governors no Brasil, hoje trago algumas mudanças nas regras do Oscar. Na maioria dos casos, elas ocorrem em categorias secundárias.
A primeira mudança diz respeito a indicação dos produtores para o Oscar de melhor filme. Agora, para um produtor ter seu nome na lista dos nomeados, ele deve ser cadastrado previamente no Producers Guild of America (PGA). Esperava por esta mudança desde o ano passado, e fico satisfeito ao ver que a Academia deu um passo na direção certa, já que era notável a presença de pessoas que não tiveram nenhum tipo de ligação com películas nomeadas receberem nomeações por conta de dinheiro e status pessoal (especialmente nos filmes independentes, onde o controle é bem menos rígido).
Outra mudança ocorre nos filmes indicados na shortlist da categoria de melhores efeitos visuais. Atendendo os pedidos do sindicato, agora a Academia vai fazer uma lista prévia com vinte produções para consideração – sendo que desta lista irão sair os indicados ao Oscar desta categoria.
No caso dos documentários, uma lista prévia de dez filmes será feita pela Academia, um aumento de duas produções. A grande novidade é que as regras estabelecem, a partir da próxima edição, cinco indicados ao Oscar de melhor documentário, uma excelente noticia que comprova o aumento de interesse do público por este gênero.
Fora isso, não foi feita nenhuma menção ao número de indicados ao Oscar de melhor filme. Existia uma grande esperança de que a Academia novamente optasse por cinco filmes indicados – o que vai contra o projeto ambicioso de retomada nos índices de audiência na televisão. Tenho minhas dúvidas, por exemplo, se American Sniper ou The Grand Budapest Hotel, dois dos filmes preferidos do grande público na edição passada, teriam chance se apenas cinco fossem os indicados.