Love is Strange (O Amor é Estranho, no Brasil) chama mais a atenção pela atuação de John Lithgow do que pela história propriamente dita.
Entre amor e decepção, acompanhamos os primeiros dias após o casamento de Ben (John Lithgow) e George (Alfred Molina). O sonho de consumar o amor de quase quatro décadas virou realidade ao mesmo tempo em que George foi despedido de seu emprego por conta de sua orientação sexual e viu-se obrigado a vender sua casa para conseguir pagar suas contas. Eles decidem viver na casa de familiares e amigos durante o período em que buscam um apartamento que possam pagar. Ben dorme na residência de seu sobrinho, Elliot (Darren E. Burrows) e de sua esposa, Kate (Marisa Tomei), dividindo o quarto com o pequeno Joey (Charlie Tahan) que passa pela difícil fase da descoberta de sua sexualidade. Enquanto isto, George fica no sofá da casa de dois policiais gays.
O longa é dirigido por Ira Sachs, que também tem participação na escrita do roteiro com o brasileiro Mauricio Zacharias. Todo o progresso do filme é carregado por Lithgow, que abraça uma história fraca que busca um sentido vazio e termina bruscamente, sem qualquer satisfação para o espectador. Pior de tudo é que você não pode usar a argumentação de que o final foi aberto para interpretação, pois claramente não foi o caso. Toda a dramatização em volta da história dos homossexuais não convence, fazendo parecer que Ben e George estão em outro mundo e que não irão conseguir superar nenhuma das pedras que aparecem aos poucos. Infelizmente esta opção barata para montar um filme independente tem sido amplamente explorada nos últimos cinco anos, e deve seguir do mesmo jeito caso a indústria continue apostando nestas produções melodramáticas. E falo isto sabendo da capacidade da dupla que já trabalhou junta em outras oportunidades.
NOTA: 5/10