Alguns fãs da série Toy Story não aceitam o fato de que a Pixar e a Disney permitam a produção de pequenos filmes para a televisão. A justificativa seria de que aconteceria um desgaste natural ao expor os queridos personagens criados pela equipe de John Lasseter anualmente. Polêmicas a parte, o fato é que a história contada em Toy Story That Time Forgot é uma mistura de uma grande ideia com uma execução apressada.
O especial de meia hora encomendado pela rede ABC mostra a aventura de alguns dos brinquedos mais adorados do cinema visitando a casa de Mason, um amigo de Bonnie que mantém em seu quarto uma civilização ímpar de brinquedos de dinossauros. Pela primeira vez na história da franquia, não é Woody ou Buzz que lideram o grupo, mas sim Trixie, que é a única aceita pelo malvado lorde Cleric. A ideia por trás do roteiro é bem interessante (e era algo que eu tinha quase certeza que veríamos mais adiante, talvez até em Toy Story 4): com o grande avanço dos videogames, os brinquedos tendem a perder cada vez mais seu espaço. É por isso que Bonnie e Mason passam a maior parte do tempo jogando videogame – o que deixa nossos heróis vulneráveis em um território desconhecido.
O grande problema enfrentado foi a tentativa de condensação desta história em apenas 21 minutos, o tempo de um episódio de um seriado de desenhos, por exemplo. Alguns críticos não gostaram da forma como os brinquedos inimigos tiveram a liberdade para matar “inocentes”. A premissa básica por trás de Toy Story é que existe um mundo a parte do real, mas os brinquedos não podem alterar por si mesmos os acontecimentos. Qual seria a reação, por exemplo, de Bonnie ao ver Woody e Buzz quebrados? Quem seriam os culpados?
O ponto positivo desta história é levar para o público uma excelente adição a turma: Angel Kitty é uma gatinha que estava pendurada na árvore de natal da família de Bonnie e funciona como a voz da razão dos brinquedos. Espero que os produtores invistam mais neste personagem hilário!
NOTA: 7/10