Quando Pierce Brosnan deixou o papel de James Bond, um grande ponto de interrogação ficou no ar: será que ele seguiria a carreira nos filmes de ação ou iria buscar novos ares? Confesso que sou um fã do filme The Matador (2005), que acho ser uma das obras mais incompreendidas da carreira do inglês. Talvez pela rejeição da crítica, Brosnan buscou se desvincular da imagem criada nos quatro filmes da franquia 007 e rodou por todos gêneros possíveis.
Com produção estadunidense, The November Man (O Homem Novembro) segue o padrão da indústria de ação consagrou nos últimos anos: misturar tiroteios a um roteiro embaraçoso, sempre buscando o espanto do espectador para então concluir com um final feliz. Se o resultado final não surpreende, o Brosnan consegue elevar o nível do que seria apenas um filme B sem destaque.
Roteiro clichê: Peter Deveraux (Brosnan), agente secreto da CIA, erra feio na sua última operação e se aposenta. Cinco anos mais tarde, ele torna-se chave de um escândalo que envolve um político russo, o corrupto chefe de operações da CIA, sua ex-mulher e seu pupilo. Em meio a vários double-crossings, a história não convence e acaba se tornando difícil de compreender, já que os rumos tomados visam apenas um desfecho satisfatório.
Aos 61 anos, Brosnan apresenta uma versão madura do seu James Bond. Esbanjando experiência, a movimentação e o trabalho de edição merecem destaque. O diretor Roger Donaldson optou por direcionar todo longa na imagem de Pierce para dar credibilidade. Ainda assim, é impossível assistir o filme sem pensar na série de Albert R. Broccoli.
NOTA: 6/10