An American Werewolf in London (Um Lobisomem Americano em Londres, no Brasil) marcou a geração de 1980. Mas enquanto a aposta em uma história de terror contada de uma maneira diferente agradou bastante o público em geral, é notável o descomprometimento com plot.
A história envolve dois estudantes Americanos que viajam pelo interior da Inglaterra. Certo dia eles entram em um pub e se envolvem em uma confusão, o que acarreta na expulsão dos dois do local pelos homens da região. Em uma chuvosa noite de lua cheia, eles chutam os garotos e os aconselham a permanecer na estrada. Mas os americanos se perdem e acabam sendo atacados por um lobisomem; um deles é morto, enquanto o outro somente consegue escapar graças à ajuda do grupo que estava no pub. David Kessler (David Naughton) acorda em um hospital de Londres e descobre que seu amigo morreu. Durante sua recuperação ele cria uma feição especial pela enfermeira Alex (Jenny Agutter), e percebe que foi infectado pela mordida do lobisomem.
A partir da primeira transformação de David no personagem referenciado no título, o diretor John Landis apelou para o melhor estilo gruesome em detrimento a um roteiro plausível. A metade final do filme pode ser resumida basicamente em um lobisomem atacando Londres descontroladamente. Ninguém o ouve, ninguém enxerga ele atacando. Mesmo assim David consegue entrar no zoológico, arrebentar as grades de proteção e dormir com os lobos. É aquela fórmula de sucesso amplamente explorada neste período: uma situação bizarra adicionada a um ato bizarro vai gerar quase sempre uma risada e muita diversão.
O sucesso de The Blues Brothers no ano anterior influenciou diretamente no estilo mais despojado deste longa. Desde o começo não há o tradicional clima de mistério, pois já sabemos a identidade da criatura. O problema é que não existe nenhuma possibilidade de progressão do roteiro: ele é vazio, e a gigantesca cidade de Londres parece refém de um ser muito overrated. O ponto positivo é a maquiagem. Sob cuidados do lendário Rick Baker, que recebeu o primeiro Oscar por melhor maquiagem da história da Academia por este longa, o resultado final da transformação de David ficou incrível! Por três vezes o protagonista enxerga visões de mortos, que também receberam uma excelente caracterização.
NOTA: 5/10