A Million Ways to Die in the West (Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola, no Brasil) foi uma grande aposta de Seth MacFarlane. Conhecido por ser o criador da série Family Guy, Seth obteve bons números com o filme Ted. A mistura de um western com comédia era algo que estava em seus planos desde a década passada, mas a captação de recursos só teve sucesso dois anos atrás.
Seth dá vida ao tímido Albert Stark, um criador de ovelhas que acabou de tomar um fora de sua amada Louise (Amanda Seyfried). Na tentativa de reconquistar a moça, ele se envolve com Anna (Charlize Theron), uma misteriosa mulher que é esposa do temido Clinch (Liam Neeson). Stark aos poucos descobre o verdadeiro significado do amor – e também os diversos perigos que só o velho oeste oferece.
Como um grande fã de Family Guy, não tive dificuldades para compreender as piadas, que aparecem quando o espectador menos espera. Algumas cenas até que chegam a ser engraçadas, mas a tentativa forçada de fazer graça a qualquer custo ficou bastante desagradável. Aliás, piorou tudo, pois o roteiro é extremamente simples e previsível. Nos primeiros vinte minutos a trama já está desenhada, e a plateia apenas observa passivamente seu desenrolar. O elenco de apoio é excelente, mas a superficialidade dos personagens é intrigante. Mais: o grande problema foi construir este longa em cima de anacronismos. Tudo bem que é uma comédia e que a licença criativa permite isto, mas se apropriar de padrões estéticos atuais para moldar uma imagem do passado necessitaria de um refinamento no humor que afastaria o grande público do cinema. A tentativa de estabelecer Seth como um herói do velho oeste com padrões modernos fracassou. Não dá certo quando estes caras tentam criar um personagem larger-than-life (no que chamo Síndrome de Ben Stiller). Esperava muito mais.
NOTA: 3/10