Final da Copa do Mundo de 2014! Infelizmente não deu para o Brasil (que, no fim, saiu pior que a encomenda). Ontem falamos sobre Maradona, o maior ícone do futebol argentino, e hoje o filme para análise trata da história mais popular do futebol alemão: O Milagre de Berna.
Em 1954, a seleção da Hungria parecia imbatível. Detentores da medalha de ouro olímpica, o time de Ferenc Puskás e Sándor Kocsis deixava rastros de destruição por onde passava. O filme acompanha três histórias distintas: a primeira é a do jovem Matthias, fã de Helmut Rahn, que jogava no time de sua cidade, o Rot-Weiß Essen. Louco por futebol, ele enfrenta problemas com seu pai, Richard, após este voltar dos campos de concentração da Sibéria. Por fim, a trajetória da conquista alemã é explorada através das críticas feitas ao técnico Sepp Herberger, muito contestado pelo seu estilo de jogo.
Com um roteiro bastante simples e bem estruturado, o apelo para o melodrama através de Richard é o ponto fraco. Cada vez que ele aparece na tela sabemos que destrói com o clima positivo. Os alemães se preocuparam em fazer um longa que tratasse sobre os vários problemas que passavam neste período, como os conflitos entre a Alemanha Ocidental com a Oriental e a reconstrução das cidades destruíveis na Segunda Guerra Mundial. Ainda assim, acho que buscar explorar este tipo de drama em um filme de esportes necessitaria de um esquema muito mais elaborado, o que não ocorre aqui.
Com recursos limitados, apenas o último jogo foi recriado nos gramados. Todo restante da trajetória alemã na Copa é acompanhada através das reações do povo do lado ocidental da Alemanha e na equipe de Herberger. A fotografia contrasta o cinza da Alemanha que tentava se levantar no cenáro mundial com o colorido dos Alpes Suíços. Fiquei com uma pontinha de decepção, já que a rica história poderia ser muito, mas muito melhor explorada.
Ah, e para não ficar em cima do muro, deixo meu palpite para Alemanha X Argentina: 2 a 0, com gols de Müller e Klose.
NOTA: 6/10