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Sleeping Beauty (A Bela Adormecida) – 1959

Engana-se quem pensa que os breves 75 minutos de Sleeping Beauty (A Bela Adormecida, no Brasil) significam que a produção desta animação foi rápida. Desde 1950 os produtores de Walt Disney brigavam sobre qual rumo dar a história originalmente publicada por Charles Perrault (que mais tarde também ganhou elementos dos Irmãos Grimm).

O Rei Stefan convida todos para prestigiarem o nascimento de sua bela filha, Aurora. Três simpáticas fadas – Fauna, Flora e Primavera – também aparecem para presentear a criança, mas todos se surpreendem com a chegada da bruxa Malévola, que coloca uma maldição no destino de Aurora. O resto você já sabe: para que a princesa quebre o feitiço ela precisa do beijo de seu amor.

Wolfgang Reitherman sugeria uma história do mesmo padrão apresentado em CInderella, com o mesmo padrão visual que conquistou o público americano. No entanto, Walt parecia querer dar outro rumo a história: apesar de investir em uma narrativa tradicional de um conto de fadas, desta vez Disney decidiu investir em uma animação que resgatasse modelos medievais. Para isto, o estúdio investiu na utilização da técnica Super Technirama, que permitiu aos animadores detalharem o cenário e abusar das cores. Isto fica claro na cena em que Aurora está na floresta: ao invés do fundo borrado, como utilizado em Bambi, os animais parecem fluir e interagir com o cenário grandioso que é apresentado ao espectador. O resultado final é bem positivo. A vilã da história é sombria e tem papel de destaque. Conta-se que os produtores chegaram a cogitar utilizar uma bruxa feia como antagonista, mas decidiram dar um ar de superioridade com elegância para se afastar do que foi visto em Branca de Neve.

Sleeping Beauty não é um típico filme sing-along da Disney, muito pela decisão de tentar adaptar as letras a partir da composição de Ilyich Tchaikovsky, que também foram utilizadas no balé homônimo deste grande compositor russo. Este foi o principal alvo de ataques dos críticos americanos na época, que citaram uma “inclinação a preguiça” dos produtores, o que considero ofensivo e injusto, Alguns jornais de 1959 consideraram que o melhor de Sleeping Beauty pode ser visto antes deste começar, já que a Disney colocou nos cinemas o curta Grand Canyon (que ganharia o Oscar) antes da exibição de sua animação.

O tempo fez muito bem a este clássico da animação. Após seu lançamento no mercado americano, Disney chegou a cogitar a possibilidade de nunca mais fazer um conto de fadas, muito pelo fracasso na bilheteria: dos seis milhões de dólares investidos pela empresa (um recorde na época),  Walt teve menos de 500 mil dólares de lucro total e cancelou alguns filmes devido a falta de capitalização de recursos. Sleeping Beauty só foi fazer sucesso com a introdução do home-video, e hoje se especula que, com a correção da inflação, os estúdios Disney faturaram mais de 600 milhões de dólares. Nada mal, não é?

NOTA: 7/10

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