Easy A (A Mentira, no Brasil) é uma tentativa muito sem graça de tentar reproduzir o sucesso das comédias de John Hughes a todo custo. O grande problema deste filme foi tentar fechar uma história polêmica e baseada em sexo com as limitações do rating PG-13.
Emma Stone interprata Olive, uma estudante rodeada por histórias malucas de sexo. Sua melhor amiga (Alyson Michalka) faz de tudo para ver Olive “desencalhar” e perder a virgindade o quanto antes. Até que certo dia a jovem protagonista decide inventar uma pequena mentira e vê uma reação em cadeia tomar forma em um nível muito maior do que o pensado: ela passa a ser considerada a vadia da escola e ganha uma popularidade incrível. Olive vira assunto de toda a comunidade escolar.
O problema foi a forma como o tema foi abordado: os produtores insistiram em vários clichês (como um gay preso no armário, um caso entre aluno e professora, um pastor com segundas intenções, a caracterização de um jovem gordo problemático e uma fanática religiosa – só para citar alguns). É neste ambiente extremamente estereotipado e sem graça que a situação bizarra e absurda de Olive ganha vida. Mas me pergunto, se a moça estava tão certa de que queria ser considerada a “mulher que todo mundo pega”, será que ela realmente não visou nos problemas que poderiam trazer? Certo, isto é um filme, mas não precisa chegar ao ponto de tentar jogar goela abaixo uma família moderna que não está nem aí com o futuro de sua filha. A relação entre pais e filha é tratada de uma maneira tão superficial e imatura que chega a irritar. Não pessoal, não precisa forçar piada em todas as tomadas!
A protagonista salva o longa de um desastre completo. O final feliz direcionado especialmente ao público adolescente é decepcionante. No fim, nem tão Easy A assim…
NOTA: 3/10