3 Days to Kill (3 Dias Para Matar, no Brasil) reúne os piores clichês disponíveis no gênero ação. Apesar do elenco competente encabeçado por Kevin Costner, o longa de McG (produtor das séries Supernatural e Chuck) não entrega nem um pingo de realismo e fica preso em uma história que alterna entre um drama familiar muito sem graça e uma caçada a um poderoso traficante de armas.
Ethan Renner (Costner) é um agente da CIA que passou a vida perseguindo e matando bandidos de alto nível. Isto afastou qualquer possibilidade de aproximação do protagonista com esposa Christine (Connie Nielsen) e com sua filha Zoey (Hailee Steinfeld). Certo dia, uma operação para matar o notório traficante Wolf (Richard Sammel) dá errado e Ethan perde a chance de acabar com o criminoso devido uma forte tontura. Ele vai ao médico e descobre que tem apenas mais cinco meses de vida. É então que a sensual espiã Vivi (Amber Heard) entra em cena e oferece a Renner uma droga experimental que pode prolongar sua vida. Mas tudo tem um custo. Neste caso, ela exige que o homem mate Wolf em três dias.
A história do filme é má construída desde o início. O drama pessoal de Renner é baseado em tonturas que acontecem justamente em cenas decisivas. Por três vezes, ele deixa de cumprir seu objetivo por conta de suas dores. Recurso de roteiro bem fraco, já que torna-se cansativo ver ele começar por mais de uma vez a caçada ao criminoso do zero. Costner atua bem, mas está preso em um personagem sem credibilidade nenhuma. O pior de tudo é que não temos nenhum tipo de explicação sobre o passado de Renner ou sobre o por que a CIA quer a morte de Wolf a todo custo.
Apostando na fórmula que tornou Taken popular, Luc Bresson – responsável pelo roteiro – também tentou aproximar 3 Days to Kill de uma proposta bem humorada, como apresentado no seu longa The Family. O resultado é um filme descoordenado e desleixado. Luc já deu sinais de que esta combinação de drama, crime e ação,que deve ser explorada de forma séria, está esgotada e virou um grande caça-níquel.
Apesar disto, o longa conseguiu certo sucesso de bilheteria, e deve lucrar ainda mais com seu lançamento em Blu Ray no mercado estadunidense. Mas infelizmente, aqui temos outro caso de uma capa bonita, um plot promissor, um ator principal que chama a atenção mas pouco, muito pouco conteúdo.
NOTA: 3/10