Best Picture: 12 Years a Slave
Posso dizer que esta é a categoria mais difícil ou soa como clichê? Pois bem, vou explicar: 12 Years a Slave é forte, emociona e causou enorme repercussão nos Estados Unidos. Diria que facilmente levaria o prêmio se não fosse Gravity. Se vocês lerem todo este post, irão notar que aposto muito alto no filme de Cuarón. Para mim está claro a produção estrelada por Bullock e Clooney será o papa-Oscar desta edição. Mas será que o filme tem potencial para levar o principal prêmio do cinema e entrar na história? Esta é a questão central da 86ª entrega de prêmios da Academia. Na dúvida, aposto em 12 Years a Slave.
Best Performance by an Actor in a Leading Role: Chegou sua vez Matthew McConaughey. A virada na carreira deste senhor é algo bastante interessante. Ele está bem mais atento aos papéis que pega. Não aceita mais qualquer bomba por dinheiro. Esta consciência irá lhe premiar com este tão cobiçado prêmio: definitivamente ele deixa de ser um bom ator e entra na lista dos grandes nomes desta geração de Hollywood.
Best Performance by an Actress in a Leading Role: Cate Blanchett! Cate Blanchett! Cate Blanchett! Que atuação de gala! Minha atriz favorita desta geração será premiada de forma merecida. Ela dá vida, é o corpo e a alma de Blue Jasmine.
Best Performance by an Actress in a Supporting Role: A Academia vai entregar o prêmio para Lupita Nyong’o. Sua personagem chama atenção pela série de abusos sofridos no longa. Mas a grande atriz que se destacou entre as indicadas é Jennifer Lawrence, que está sensacional em American Hustle (leia meu review aqui).
Best Performance by an Actor in a Supporting Role: Gostaria muito de ver Barkhad Abdi com a estatueta. Sua atuação em Captain Phillips, seu primeiro filme, é surpreendente. No entanto, outro grande nome é Jared Leto, minha aposta para esta categoria. No meu review de Dallas Buyers Club (leia aqui), não cheguei a abordar a atuação do personagem codjuvante, muito pelo fato de achar que McConaughey roubou a cena. Mas a transformação sofrida pelo ator para interpretar o tarvesti Rayon é de tirar o chapéu.
Best Achievement in Directing: Gostaria de deixar uma coisa bem clara. Em posts passados, citei que não gostei de Gravity. Discordo completamente das opções de roteiro adotadas para dar um ar dramático a história (e acho que a Academia concordou comigo neste quesito). Talvez se o final fosse diferente (leia-se menos melodramático), não estaria reclamando. Mas sou maduro o suficiente para prestigiar o trabalho de Alfonso Cuarón. Um grande marco. Vai ser um filme que nossos netos vão olhar daqui a cinquenta anos e dizer: “ei, isto foi realmente avançado naquela época”. Ótimo trabalho.
Best Original Screenplay: Que categoria difícil! Vou optar por Her (leia meu review aqui) até mesmo pela enorme discussão gerada em torno da história central do filme. Será que o relacionamento entre um homem e uma máquina pode acontecer em breve?
Best Adapted Screenplay: Se você parar para olhar a fundo a lista dos indicados, verá que 12 Years a Slave é o único que tenta trazer para a grande tela um bom resumo do livro que deu origem ao filme. Não me entenda errado: apenas quero dizer os demais indicados prezam muito capítulos específicos de seus respectivos livros para dar foco a história. Esta é a diferença. Por isto o filme produzido por Brad Pitt vai levar este prêmio.
Best Foreign Language Film of the Year. Se a La grande bellezza (leia meu review aqui) não ganhar, esta vai se tornar a maior decepção da minha vida como fã de cinema desde a vitória de Slumdog Millionaire (2008). Um filme mágico e completo. Lição de Paolo Sorrentino sobre como fazer cinema no século XXI.
Best Achievement in Editing: Aqui está um dos meus prêmios favoritos. Poucas pessoas compreendem como uma boa edição pode tornar o longa agradável. O Oscar vai para Gravity, não tenho dúvidas, mas vou tomar as dores do pessoal de Captain Phillips, que foi perfeito neste quesito.
Best Achievement in Cinematography: Merecidamente vai para Gravity. Finalmente a Academia vai premiar Emmanuel Lubezki, um gênio no que faz.
Best Animated Feature: Não achei Frozen a oitava maravilha que muita gente proclama por aí. É uma animação muito simpática mas não chega aos pés de outras produções da Disney. Leva o Oscar porque seus concorrentes este ano são bem fraquinhos.
Best Achievement in Visual Effects: Não é difícil imaginar que este prêmio vá para Gravity. A qualidade das texturas e os efeitos são muito bem apresentados na tela. Quem teve a oportunidade de ver este filme em IMAX certamente ficou de boca aberta em algumas cenas.
Best Achievement in Costume Design: Vou confessar uma coisa: após assistir The Great Gatsby, no ano passado, pensei: que coisa, como um filme com um vestuário e produção tão boa pode deixar tanto a desejar. Fiquei desapontado pela forma com a trilha sonora e com a direção de Baz Luhrmann, que parecia estar no set de Moulin Rouge (2001) em determinadas sequências. A grande ameaça seria American Hustle. Fico com Gatsby pelo resultado do BAFTA.
Best Achievement in Production Design. Na maioria das vezes, quem vence o prêmio anterior vence este. Não acho que vá ser diferente este ano. The Great Gatsby.
Best Achievement in Makeup and Hairstyling: Dallas Buyers Club. Impressionante o que fizeram com McConaughey e Jared Leto. Trabalho impecável. Merecido!
Best Original Song: Reconheço que Let it Go é uma canção catchy. Muito bem elaborada, fechou com a proposta da animação. Deve levar para casa sem grandes dificuldades.
Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Score: Pessoalmente daria o prêmio para Her. No entanto, reconheço que Gravity é um dos melhores exemplos para mostrar a importância de uma trilha sonora em uma produção cinematográfica. Leva o prêmio.
Best Achievement in Sound Editing e Best Achievement in Sound Mixing: Estes dois prêmios são gêmeos, poucas vezes brigam entre si. Mais dois Oscars para a conta de Gravity, por favor.
Best Documentary, Feature: Pessoal, esta categoria vai ser muito disputada. 20 Feet from Stardom abocanhou uma quantidade considerável de prêmios nos últimos dois meses. Mesmo assim, continuo apostando em The Act of Killing (leia meu review aqui). Prende a atenção do espectador e cria uma série de questionamentos sobre a maldade do ser humano.
Best Documentary, Short Subject: The Lady In Number 6. Emocionante! É o típico filme com a cara da Academia. Me pergunto porque os produtores não avançaram e construíram um feature film em cima desta ótima base. Infelizmente Alice Herz-Sommer nos deixou no dia 23 de fevereiro. Será uma bonita e emocionante homenagem.
Best Short Film, Live Action: Essa é a categoria mais difícil de prever, na minha opinião. Você não tem base nenhuma para fazer a análise. Vou ficar com The Voorman Problem pois foi o mais divulgado em LA e conta com a presença de Martin Freeman. Será o suficiente?
Best Short Film, Animated. Get a Horse! – Assisti este curta e me surpreendi pela tamanha diversão que os seis minutos me proporcionaram. Uma volta ao passado de uma maneira que só mesmo a Disney poderia oferecer. Sensacional!