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Ralph Breaks the Internet (WiFi Ralph) – 2018

A Disney tinha um bom desafio em Ralph Breaks the Internet (WiFi Ralph: Quebrando a Internet, no Brasil): resgatar o interesse no personagem, que nunca foi prioridade para o estúdio, e continuar com um estilo que parece que deve ser a marca da franquia, com crossovers inesperados de personagens da cultura popular, especialmente do mundo dos games, é claro.

Ralph (voz de John C. Reilly) mantém a amizade com Vanellope von Schweetz (Sarah Silverman), personagem bugada do game Sugar Rush. Seis anos após os eventos do primeiro filme, o volante do arcade de Vanellope quebra – e a peça de substituição custa 200 dólares no Ebay. A dupla decide usar o WiFi para explorar a internet e conseguir o item antes de um hard reboot em Vanellope, mas a tarefa será bem mais difícil do que parece.

Tratar da internet de forma geral é extremamente complicado. Se nem documentários específicos sobre o tema conseguem repassar conteúdo com clareza para o público que não tem algum tipo de conhecimento mais avançado – o que pensar então de uma animação para crianças? Tendo em conta a faixa etária alvo do filme, considerei interessante a sumarização, e a abrangência de conteúdos feitos em um tempo curto: os comentários de ódio, a busca por likes, a sátira de alguns memes populares e até mesmo uma ponta sobre a deep web funcionaram bem no engajamento.

É claro que existem casos de explicações grosseiras, mas penso que elas foram usadas por não ter como abranger de forma eficiente  os conceitos mais complexos em uma animação deste tipo. A produção abusa do marketing indireto – e, obviamente, o caso do Ebay é o mais relevante, já que participa ativamente e tem papel fundamental para a conclusão. Sou crítico a este tipo de product placement – especialmente quando voltado para as crianças – mas o conceito, de forma geral, é bom. A interatividade de Ralph com a descoberta da internet rende duas cenas que são as que sustentam a continuidade do filme, sem deixar este monótono por muito tempo.

O que eu considerei muito negativo nesta produção foi a condução da história: fica claro que Ralph Breaks the Internet funciona quando esquece seu plot principal, abrindo espaço para outros personagens e para um novo mundo na franquia. Neste caso, será que a Disney não poderia ter encontrado outra forma de mediação do Ralph com a internet? A explicação, que tenta envolver o arcade e Vanellope, me pareceu mais uma tentativa de criar um drama artificial do que de aproveitar o potencial dos personagens.

Ralph Breaks the Internet, ainda que bem produzido, e com um trabalho artístico que dispensa comentários, tem falhas estruturais que deixaram este longa bem atrás de seu antecessor, especialmente pelo impacto menor do efeito surpresa que busca personagens em outras franquias adoradas pelo público.

NOTA: 6/10

IMDb

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