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The Wife (A Esposa) – 2018

Em 2017, The Wife (A Esposa, no Brasil) foi lançado no Festival de Toronto. Não chamou a atenção de nenhuma distribuidora e provavelmente seria negociado com alguma plataforma de streaming. Meses depois, a Sony decidiu adquirir o filme e somente lançou no mercado na metade de 2018. Este posicionamento mostra que a distribuidora não apostava alto no filme – até pelo fato de ter todas condições e recursos de alocar o filme ainda em 2017. Glenn Close, no entanto, assumiu um surpreendente favoritismo aos prêmios de melhor atriz desde o começo da temporada de premiações. Fica a questão: como isto ocorreu?

O filme dirigido por Björn Runge tem uma história simples: o escritor Joe Castleman (Jonathan Pryce) acaba de ser condecorado com o Nobel de Literatura. Joan (Glenn Close), sua mulher, sempre ficou em segundo plano, já que Joe chama a atenção da imprensa e de um escritor, Nathaniel Bone (Christian Slater), que planeja uma biografia sobre o homem.

A premissa do filme se desenvolve em dois momentos: inicialmente, Joan aceita passivamente o papel de coadjuvante na família; aos poucos, no entanto, toma noção de sua importância e deixa de se esconder na sombra de seu marido.

Clichês típicos do gênero podem ser encontrados em The Wife. Eles envolvem desde o uso dos flashbacks na narrativa até o desfecho da história – que molda uma conclusão muito sem sal, típica de um Oscar bait. Não li a obra original de Meg Wolitzer – adaptada aqui – mas confesso que fiquei curioso para ver as alterações que o filme promoveu.

Caso tivesse sido lançado em 2017, The Wife seria mais um filme sem chance alguma na temporada. No entanto, a força do movimento #MeToo auxiliou muito e deu gás para o Close disputar premiações de críticos. Aos poucos, a atriz ganhou status de favorita ao Oscar, com razão: apesar de não ser a melhor atuação de sua carreira, a Academia costuma premiar grandes atores sem Oscar e que tiveram uma atuação destacada em determinado ano. A previsibilidade do roteiro é a marca negativa do filme, que tem como único apelo apenas a atuação de sua protagonista.

NOTA: 5/10

IMDb

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