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The Lost City of Z (Z – A Cidade Perdida) – 2016

Pessoas que simplesmente desaparecem sob circunstâncias misteriosas geralmente são alvo de intensa pesquisa. Amelia Earhart é o melhor exemplo: desde a década de 1930 incontáveis livros foram publicados, com as mais diversas (e bizarras) teorias possíveis. Quando faltam evidências, a imaginação ganha espaço. O desaparecimento de Percy Fawcett e de seu filho, ocorrido em 1925, também teve um forte impacto na Europa e no Brasil. Ainda que várias polêmicas envolvam o caso, o filme The Lost City of Z (Z – A Cidade Perdida, no Brasil), dirigido por James Gray, tenta manter certa aproximação do livro homônimo escrito pelo jornalista David Grann, mas falha ao abusar do melodrama na conclusão.

O longa inicia com o jovem Fawcett (Charlie Hunnam) deixando para trás sua mulher (Sienna Miller), grávida de seu primeiro filho, para trabalhar em uma atividade da Royal Geographical Society na fronteira da Bolívia com o Brasil. Na expedição, ele encontra as primeiras referências a uma possível cidade secreta – Z – e isso aos poucos torna-se uma obsessão para ele, que volta pra seu país e planeja um retorno triunfal ao Brasil em busca de fama e glória.

Gray opta pelo caminho de tentar seguir a cronologia da vida de Fawcett, mas não torna isso um elemento central em sua análise, pois, mesmo que respeite datas e eventos como a Primeira Guerra Mundial, usa elementos fictícios para criar um elo mais forte do protagonista com o público, na tentativa de construir a imagem idealista do explorador. Infelizmente é triste observar que o excelente trabalho feito arqueológico por Grann não foi aproveitado no longa, deixando algumas lacunas consideráveis sobre as viagens, sobre a forma das expedições e até mesmo sobre os objetivos pessoais de Fawcett em busca da cidade Z.

The Lost City of Z é um filme com boa produção e que conta com um excelente elenco (apesar de aproveitar pouco o potencial de Sienna Miller e Tom Holland, que interpreta o filho de Fawcett). Mas ao deixar de lado a essência de exploração para investir em um foco emocional completamente descartável, perde força e não justifica suas duas horas de duração.

NOTA: 6/10

IMDb

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