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Mad Max: Fury Road (Mad Max: Estrada da Fúria) – 2015

Quando os produtores – especialmente os de Hollywood – buscam dar reboot em uma franquia consagrada, não é difícil ver um bocado de protestos por parte dos fãs. Neste sentido, o caso de Mad Max: Fury Road (Mad Max: Estrada da Fúria, no Brasil) é emblemático. Ao manter na direção o homem responsável por tornar Mel Gibson mundialmente famoso em um filme que décadas mais tarde se tornaria um clássico cult, a fórmula para o sucesso e aceitação estava garantida.

Max Rockatansky (Tom Hardy) é um homem atormentado pelos crimes que não conseguiu evitar no seu passado. Em um mundo pós-apocalíptico, ele é capturado pelos War Boys e levado para um local onde o sangue puro e sem infecções é moeda de ouro para manter uma máquina de guerra controlada por Joe (Hugh Keays-Byrne). O destino de Max muda completamente após ele se aliar com Furiosa (Theron), uma corajosa mulher que planejou sua fuga junto com as cinco outras mulheres de Joe. Em meio a tensão, eles buscam fugir a todo custo para a Terra Verde, local de criação de Furiosa. No entanto, Joe usa todos seus recursos em uma caçada brilhantemente conduzida.

George Miller não é, de maneira nenhuma, um diretor de topo, pelo menos na avaliação dos grandes estúdios de Hollywood. Se é verdade que ele construiu a franquia Mad Max com um toque de inteligência que inspiraria centenas de filmes ao longo dos anos seguintes, também deve-se mencionar que seu comportamento difícil foi um grande empecilho em sua carreira. O que mais chama a atenção nesta nova versão de Mad Max é a atenção com os detalhes e a preocupação em tornar um filme de ação em um verdadeiro filme de ação. Pode parecer estranho, mas é cada vez mais comum encontrar franquias e películas baseadas nos exagerados efeitos visuais (o controverso CGI). Em 1979, Miller dizia que cada vez mais os filmes de ação estavam se afastando de sua própria história ao querer enquadrar truques, e recursos de roteiro tradicionalmente ligados aos filmes de drama. Mais de três décadas depois, George Miller foi esperto o suficiente para entender que o necessidade de aliar um filme a uma boa história seria um diferencial positivo. Além disso, a maior parte dos efeitos de Fury Road foram usados para a ambientação – trazendo de volta a raiz tradicional de dublês, golpes, chutes e pulos de verdade, algo cada vez mais raro.

A nova versão de Mad Max é um ar fresco em todo o gênero de ação, cada vez mais focado na violência pura ao invés de tentar articular algum tipo de ligação com um roteiro. As excelentes discussões morais e até mesmo de gênero feitas por acadêmicos e grupos sociais do mundo inteiro mostram o poder ímpar que um filme de grande abrangência pode conseguir. Ponto para a Miller!

NOTA: 8/10
IMDb

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