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El Topo – 1970

Não é difícil ver opiniões distintas sobre El Topo em meio aos fãs de Alejandro Jodorowsky. O western surrealista rodado em 1970 ganhou o status de típico filme de meia noite na cidade de Londres, já que o público era muito restrito. O lendário Ben Barenholtz bem que tentou popularizar o longa nos Estados Unidos e no México, mas as distintas reações da plateia deixaram claro que qualquer tentativa de lançamento não daria certo. Allen Klein manteve sessões diárias para um público sedento por conhecimento – e que clamava a inteligência e astúcia de Jodo ao mesmo tempo em que os mexicanos ameaçavam o chileno. No entanto, a ritmo do roteiro a partir do segundo segmento deixam a desejar por conta dos impecáveis minutos finais.

Na primeira parte do filme, El Topo (interpretado pelo próprio Jodorowsky) busca os responsáveis pelo massacre de uma cidade. Após matar todos os envolvidos no crime, ele se envolve com uma misteriosa mulher que propõe para o pistoleiro aniquilar com os quatro mestres do deserto para se tornar o principal atirador da região. A segunda parte, por sua vez, mostra como El Topo se transforma em um ser completamente diferente do que era e enfrenta seus dias em uma comunidade surreal (sua especialidade).

Temos dois tipos bem diferentes de abordagem: no primeiro momento, o sangue jogado na tela tem várias interpretações – fica claro que o espectador resolve os enigmas propostos da forma que bem entender. A fotografia lembra bastante os filmes da época, e existem elementos similares aos apresentados em Fando y Lis. O restante do filme é dominado por elementos simbólicos religiosos e mensagens subliminares que tratam sobre vida e morte. Pelo fato de se distanciar completamente da agradável essência propagada nos minutos iniciais, fica uma ponta de decepção pelo fato do final ser extremamente aberto.

Desde a década de 1990, Jodo tentou de todas as formas conseguir recursos para rodar Los hijos del Topo. Seis nos atrás o chileno confirmou que a sequência estava nos planos, mas parece que tudo foi cancelado e colocado na gaveta para a gravação de Poesía sin fin. Clássico cult de sua década, não é de se admirar que David Lynch considere El Topo como um de seus filmes favoritos.

NOTA: 6/10

IMDb

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