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Transcendence (Transcendence – A Revolução) – 2014

Ano passado, Her encantou os amantes da sétima arte. Tratar de avanços tecnológicos sempre foi um desafio para qualquer que seja o campo envolvido. No cinema, é possível observar que uma ficção de 1960 errou feio o que aconteceria em 2014, por exemplo. O filme de Spike Jonze deixou de lado o futurismo e investiu em uma fotografia de encher os olhos, sustentada em uma história de alto nível (sem apelar para clichês) e não é nem um pouco irreal, se me permitem usar este termo.

Pois bem, Wally Pfister é conhecido como uma das melhores cabeças no campo de dirigir a fotografia de um filme. Aliar efeitos especiais a uma cena de ação é com ele mesmo. Seus sucessos com a trilogia Batman de Christopher Nolan lhe renderam a chance de dirigir Transcendence (Transcendence – A Revolução, no Brasil).

O anúncio do elenco de peso deixou o longa até mesmo com credenciais para o Oscar. Ledo engano. Johnny Depp, Rebecca Hall e Morgan Freeman apostaram em um roteiro promissor mas que não convence por um segundo.

Em um futuro não muito distante, Will Caster (Depp) se destaca como um dos principais pesquisadores de inteligência artificial do mundo. Junto com sua esposa, Evelyn (Hall), ele planeja criar um ser perfeito, capaz de combinar todo conhecimento já produzido pelo homem. A polêmica faz com que Will e seus pesquisadores sofram ataques de um grupo rebelde, causando a morte do protagonista. “Morte”. Pois aos poucos entramos no imenso mundo post-mortem que Caster planejou. Sua mulher o ajuda a criar uma verdadeira fortaleza digital, e a alma de Will passa a guiar planos que o colocam como um novo Deus.

Enquanto Her mostrou uma capacidade de transcender o diálogo da relação homem/tecnologia, Transcendence é apenas mais uma história focada em efeitos especiais e vários cliffhangers para prender a atenção do espectador. Eles não funcionam, pois tudo é mal contextualizado. Não existe a preocupação em gerar uma pulga atrás da orelha, mas de jogar para as telas o produto de um roteiro mal articulado.

A premissa de Transcendence (seria possível um humano criar um Deus através da tecnologia?) é interessante, mas Her aumentou as expectativas destas ficções de tal modo que a análise não pode englobar apenas os efeitos visuais. Esperava mais de Depp, mas reconheço que o ator foi muito limitado devido às opções tomadas pelos produtores.

Nada mis do que uma boa demonstração das técnicas de Pfister.

NOTA:5/10

IMDB

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