WordPress database error: [Table 'dale2054280952.wp_p5mwz01qvq_userstats_count' doesn't exist]
SHOW FULL COLUMNS FROM `wp_p5mwz01qvq_userstats_count`

Post especial #1 – Maximilian Schell (1930–2014)

Morreu Maximilian Schell.

Com apenas 31 anos de vida, no meio de um elenco cheio de estrelas, Schell venceu o Oscar de melhor ator com Judgement at Nuremberg (1961). Atuando ao lado de Spencer Tracy, Burt Lancaster, Richard Widmark, Marlene Dietrich e Montgomery Cliff, ele roubou o filme como o advogado de defesa dos criminosos nazistas. Existe uma velha lenda de Hollywood que atormenta os vencedores do Oscar de melhor ator/atriz. Muitos deles aceitam papéis ruins em troca de muito dinheiro e depois colocam a carreira no lixo com produções de baixo nível. Curiosamente, Schell venceu o prêmio maior do cinema no seu quarto filme como ator profissional e, ao contrário da maldição de Hollywood, preferiu se isolar e participar de pequenas produções (inclusive financiou alguns fracassos).

Austríaco dono de um inglês invejável, Schell deu novo gás a sua carreira com filmes que tratavam sobre a Segunda Guerra Mundial. Segundo ele contava, era um prazer atuar e ser pago para participar de produções que tratavam sobre o período mais fascinante da história militar. Utilizando um sotaque carregado, o ator viveu nazistas nos longas  Counterpoint (1968), The Odessa File (1974), The Man in the Glass Booth (1975), A Bridge Too Far (1977), Cross of Iron (1977), e Julia (1977).

E 1977 seria ano mais brilhante da carreira para ele! Por mais que seja citado e lembrado hoje como o ganhador do Oscar por Judgment, os três filmes daquele ano marcaram sua vida de formas diferentes. Enquanto Julia mostrava que o ator ainda era bem quisto pela Academia (recebendo outra indicação para o Oscar), A Bridge Too Far causou um grande impacto nos filmes de guerra ao tratar detalhadamente uma operação de guerra (Market-Garden) com riqueza de detalhes (Max participou ativamente da produção e deu vários pitacos sobre o roteiro). Cross of Iron, por sua vez, ganhou o status de cult quase duas décadas após seu lançamento e era o filme favorito do austríaco.

Schell ainda receberia o Golden Globe por melhor ator em um filme feito para televisão graças a sua interpretação de Lenin em Stalin (1992).

Dono de uma pequena filmografia, especialmente quando comparado a seus parceiros, Schell era o tipo de ator que só entrava em uma produção após ler todo o roteiro e aprovar a história. Seu último filme, Les Brigands, será lançado em dezembro.

Adeus Hans Rolfe, adeus capitão Stransky.

Leave a Reply