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The Wolf of Wall Street (O Lobo de Wall Street) – 2013

Incrível. Supremo. Alguém me explica a química entre Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio? Não consigo achar palavras. Estou levemente inclinado a dizer que, com mais um filme deste calibre, essa parceria vai ser tão impactante quanto Scorsese/DeNiro. The Wolf of Wall Street (O Lobo de Wall Street) tem três horas de duração. Mas não parece. A história é tão bem explorada que você não sente que o tempo está passando. Tantos personagens, tantos ambientes. É impossível não olhar este filme e dizer algo como: “wow, os caras realmente são bons”.

Imagino a tristeza que Scorsese sentiu ao reduzir o filme de seis (sim, seis horas) para os cravados 180 minutos pedidos pela Paramount Pictures. O filme é pesado. Abuso de drogas, muito sexo. E os produtores ainda tiveram que trabalhar muito para não tomar um rating NC-17 nos Estados Unidos (que é o grau de controle mais alto imposto pela agência americana MPAA). Ainda assim, é o filme que mais utilizou a palavra fuck na história do cinema (569 vezes, média de 3 por minuto).

Leonardo DiCaprio. Acredito que seja o ator mais talentoso de nossa geração. Logo no começo do filme, pensei que a obra fosse tomar traços como Catch Me If You Can, onde Leo interpretou o também trapaceiro Frank Abagnale Jr. Mas estava muito engranado. A história de Jordan Belfort, brilhantemente adaptada por Terence Winter é inacreditável. O cara fez de tudo um pouco. O filme cobre desde os primeiros dias de Jordan como corretor de Wall Street até os elaborados esquemas de manipulação do stock market americano. A ascensão e queda de Jordan é acompanhada por Donnie Azoff (Jonah Hill), um homem que vira amigo do trapaceiro logo no começo de sua carreira. Azoff foi a coisa mais próxima do que Jordan poderia chamar de um amigo. Tentou ao máximo proteger seu chefe, mas não era nenhum cordeirinho. Tinha poder, abusava de drogas, mas sempre mostrava gratidão ao chefe, especialmente pelo fato de Belfort ter oferecido a ele um emprego logo no primeiro encontro entre os dois.

Vamos falar do elenco secundário? Deus, que elenco! Não sei se chega a ser tão bom quanto o deAmerican Hustle (até porque teria que entrar no mérito de tempo), mas o trabalho de Matthew McConaughey (bem magrinho por conta das filmagens de Dallas Buyers Club), Jean Dujardin (simplesmente a melhor escolha possível para interpretar um banqueiro suíço) e Rob Reiner é de primeira classe. No meio de uma série de trapaceiros, temos um personagem que representa a lei. Ele é o agente do FBI Patrick Denham (Kyle Chandler), o homem responsável pela investigação que acabou levando Jordan para a cadeia.

A trilha sonora (muito importante para acompanhar as três horas de filme) é boa. A direção de fotografia trabalhou muito bem e o voice-over de Leonardo DiCaprio em algumas cenas dá a impressão de quebra da quarta parede (especialmente em uma parte do filme onde Jordan passa a explicar o que era uma initial public offering e depois diz: Ah, mas você não está entendendo nada aí, não é mesmo). Esse bom humor tornou o filme muito agradável.Mas a recepção do filme não foi feito só de elogios. Uma série de investidores de Wall Street reclamaram da forma como Jordan foi levado às telas. Além disso, algumas vítimas dos golpes do vigarista fizeram cartas públicas de repúdio a produção. A grande reclamação é que o filme não focou, em nenhum momento, nas vidas que Belfort destruiu. Pois é. Quando ele vendia pink sheets no começo de sua carreira fez muito dinheiro manipulando gente de classe média, que apostou que poderia fazer lucro fácil no mercado de ações. Jordan deu algumas entrevistas recentemente e se negou a pedir perdão, citando que faria tudo novamente. Hoje ele vive de palestras motivacionais.

Deixando essa polêmica de lado, quero deixar duas coisas claras:  1) The Wolf of Wall Street é um dos melhores filmes de 2013 e 2) após acabar o filme fui correndo no thebookdepository.com comprar a biografia de Jordan Belfort.

You did it again, Mr. Scorsese. You did it again, Leo. 

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NOTA:10/10
IMDB

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