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The Color of Money (A Cor do Dinheiro) – 1986

Em 1961, Robert Rossen dirigiu The Hustler, o melhor filme relacionado a bilhar já feito, ocasião em que  o jovem Paul Newman se destacou no papel de Eddie Felson. O longa foi responsável direto pela consolidação de Newman como uma estrela do cinema americano e deu um boom na popularidade do bilhar, quando finalmente os canais americanos começaram a transmitir partidas e os primeiros grandes nomes do esporte começaram a surgir. No ano em que Platoon venceu o Oscar de melhor filme, The Color of Money deu a Paul Newman o tão cobiçado prêmio de melhor ator, interpretando o mesmo personagem de 1961.

Não tenha dúvidas: o filme foi feito para Newman se destacar. Esta foi a principal falha de Scorcese, pois várias histórias são propostas para o espectador e nenhuma delas é trabalhada de maneira satisfatória: na primeira meia hora de filme, somos apresentados a Vincent Lauria (Tom Cruise), um jovem jogador extremamente confiante de suas habilidades. Felson, que deixou de jogar e passou a atuar como negociante no ramo de bebidas alcoólicas, vê futuro (e uma mina de ouro) em Lauria e passa a orientar o garoto. Para Felson não basta jogar bem: um jogador completo tem que entender o mundo das apostas para fazer dinheiro.  Deixar de ganhar um jogo pode ser essencial para obter sucesso no futuro. Ou seja, a velha história do profissional aposentado que quer passar a tocha para um new gen.

Na meia hora seguinte, Lauria e sua namorada (Mary Elizabeth Mastrantonio) tentam “tirar o rei do trono”. De todas as formas, Vincent quer mostrar para Felston que ele realmente é bom. Toda a história do aprendizado de Lauria é deixada de lado após a primeira hora de filme para dar atenção a nova jornada de Fast Felson no jogo. Após ser derrotado por um jogador trapaceiro (interpretado por Forest Whitaker), Felson passa a treinar, estudar e chega até mesmo a fazer novos óculos para evitar a desculpa que não enxergava direito para retomar a atividade. É a história da superação, do cara que não esquece o que faz.

Tenho absoluta certeza que a cena final não foi feita com consenso dos roteiristas ou dos produtores. Felson e Lauria se enfrentam em uma partida e, antes da primeira tacada, rolam os créditos finais. Mas não antes de Felson pronunciar “I’m back in the game” com um memorável smirk. Cruise, que tinha tudo para ser um ótimo protagonista, virou apenas um bom apoio para deixar Newman roubar a cena.

Em uma rápida comparação, este filme me lembrou muito de uma situação que comentei recentemente, em  August: Osage County. The Color of Money foi feito sob medida para o ator principal brilhar, assim como aconteceu com Streep no filme citado anteriormente. A história não é das melhores, mas engolimos a seco para acompanhar uma atuação de primeiro nível de uma das maiores lendas da história do cinema.

NOTA: 6/10

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