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Last Men in Aleppo (Últimos Homens em Aleppo) – 2017

Last Men in Aleppo (Últimos Homens em Aleppo, no Brasil) é um documentário extremamente forte que não mede palavras e imagens para retratar os horrores da Guerra civil síria. Após o grande sucesso de The White Helmets, vencedor do Oscar de melhor curta de documentário no ano passado e com planos de uma grande produção financiada por George Clooney para ampliar a visibilidade destes, temos neste documentário uma visão sem filtros sobre a relação guerra e morte.

Durante um ano o diretor de fotografia Fadi al Halabi registrou o cotidiano dos homens por trás da Defesa Civil Síria, popularmente conhecida como White Helmets, ONG que opera nos territórios ocupados pelos inimigos do regime de Bashar al-Assad. A partir do cotidiano de alguns de seus membros, notamos como é difícil viver e fazer tarefas básicas em uma região tomada por bombardeios. Nas missões registradas pelas lentes de al Halabi temos plena noção dos crimes de guerra, com vários registros de bebês mortos e de resgates extremamente arriscados, ao mesmo tempo que a população local, que estava sitiada no período do documentário, não sabia como lidar com o fato de que qualquer local em Aleppo poderia ser alvo do governo e de seus aliados.

Infelizmente o ponto fraco do documentário está na completa falta de contextualização da guerra. Existe um senso cronológico bastante deficiente sobre o começo dos confrontos em Aleppo, mas não existe sequer menção ao desfecho final (fato que os produtores poderiam ter caprichado muito mais, ainda tendo em conta a visibilidade do documentário e a importância da cidade). Além disso também existe outro problema grave, que envolve os dois lados do conflito. Menciona-se al-Assad e os russos como criminosos de guerra – fato que é amplamente discutido por acadêmicos e especialistas – mas não se tem a mínima noção sobre o outro lado. Sim, os documentaristas se posicionam – e isto é louvável – mas sequer tentam discutir o motivo do cerco de Aleppo e do drama nas fronteiras, por exemplo.

Como ocorreu no ano passado com Forushande, uma polêmica pode fortalecer a chance do documentário. Por conta dos vários problemas na expedição do visto de saída sírio para os produtores (mais complicados por conta do decreto do Presidente Trump) – devem deixar estes de fora da cerimônia do Oscar, fato que pode aumentar as chances de vitória como um protesto ao governo Trump, como o longa iraniano.

NOTA: 7/10

IMDb

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