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Suicide Squad (Esquadrão Suicida) – 2016

2016 realmente conseguiu entregar alguns dos piores blockbusters de todos os tempos. Como se não bastasse o fracasso estrondoso de Batman V Superman, a Warner e a DC mais uma vez erram feio ao levar ao público Suicide Squad (Esquadrão Suicida, no Brasil), antes considerado um dos filmes mais esperados do ano, mas que não consegue transmitir sequer um momento satisfatório.

Após a morte de Superman, a agente Waller (Viola Davis) planeja reunir os principais vilões do mundo para evitar que um novo vilão possa destruir a humanidade.  O grupo é composto por vários nomes, com destaque para Deadshot (Will Smith), atirador que não erra o alvo; Harley Quinn (Margot Robbie), namorada de Joker (Jared Leto); e Diablo (Jay Hernandez), que controla o fogo. Assim que a primeira ameaça aparece, Waller os reúne e faz o implante de um chip-bomba em seus corpos para evitar que eles desobedeçam as ordens de Rick Flag (Joel Kinnaman), líder do Esquadrão.

Assim como em Batman, o grande problema está na edição: várias cenas deixam a clara impressão de que os cortes foram grosseiros, visando o número mágico de 120 minutos. O problema é que ao mesmo tempo que o diretor e roteirista David Ayer luta para criar um contexto geral que explique de forma satisfatória cada um dos personagens, os mesmos têm pouco tempo para mostrar seu potencial (exceção de Will Smith). Jared Leto, que até então era apontado como protagonista, atua em poucas cenas, com um tempo tão pequeno que uma avaliação sobre sua interpretação tornaria-se até injusta. Essas falhas poderiam ser deixadas de lado caso a história fosse boa o suficiente para apagar essa má impressão. Mas não foi o caso: Suicide Squad é extremamente cansativo. O principal motivo para isso é a falta de um grande clímax (muito por conta dos péssimos vilões). Os anti-heróis aos poucos se desfazem de suas personalidades próprias para defender uma causa ‘nobre’, mas com um número incrível de falhas: o mundo é incrivelmente pobre e vazio, sem nenhum tipo de interferência externa; os efeitos especiais causam surpresa e espanto pela pouca eficácia, tendo em vista o enorme orçamento de quase duzentos milhões de dólares; e os arcos narrativos envolvem toques de melodrama completamente desnecessários.

O desenrolar da história parece sair direto das telas de um game no qual os protagonistas enfrentam ondas de inimigos com poder limitado para então enfrentar o chefão, sendo que este apresenta pouca possibilidade de aniquilar de fato com os planos. Para quem esperava um humor negro que aproveitasse o incrível potencial de Joker e Quinn encontra referências soltas, como uma proposta de reflexão sobre o uso da palavra ‘normal’. Além disso, pouco é mostrado para sustentar a necessidade dos vilões atuarem em um universo repleto de heróis – já que a missão era típica de H-E-R-Ó-I-S.

Suicide Squad apresenta algumas cenas que sustentam o projeto de criar um Universo DC, que, teoricamente, deve ter seu ponto alto com Justice League. No entanto, causa surpresa e estranheza o fato dos produtores não terem aprendido a lição do fracasso anterior (ora, se o filme foi concluído apenas em junho, será que não seria possível privilegiar um corte com mais conteúdo e com menos piadas sem graça?). Mais uma vez, talvez a versão do diretor explique pontos que ficaram abertos. Resultado geral: decepção.

NOTA: 4/10

IMDb

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