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Green Room (Sala Verde) – 2015

Diretores e produtores da nova geração estão dispostos a mudar a indústria do cinema estadunidense. Anos atrás, um pequeno projeto independente dificilmente conseguiria financiamento sem uma grande contrapartida (que, geralmente, envolve o controle de receitas e distribuição). A era dos financiamentos coletivos veio para adicionar mais uma variável positiva, deixando realizadores com mais campo e espaço para brilhar. Foi assim que Jeremy Saulnier tirou Blue Ruin do papel. Seu novo filme, Green Room (Sala Verde, no Brasil), segue os mesmos passos do sucesso que conquistou o mundo dois anos atrás.

Ain’t Rights é uma pequena banda que busca sucesso no cenário alternativo dos Estados Unidos. Certo dia, os músicos recebem a oferta de tocar para um grupo de neonazistas em troca de um bom dinheiro. Após alguns protestos com o cover Nazi Punks Fuck Off, dos Dead Kennedys, a banda ganha o público com facilidade. Após o final do show, Pat (Anton Yelchin), Reece (Joe Cole), Sam (Alia Shawkat) e Tiger (Callum Turner) se encaminham para sair do local quando se deparam com uma mulher esfaqueada na sala verde. Cabe ao gerente do local (Patrick Stewart) definir o destino dos jovens.

A chave do sucesso está na atmosfera carregada de tensão – que é concebida desde o primeiro minuto. A imprevisibilidade parece se consolidar como uma das marcas de Saulnier, que gosta de construir personagens dinâmicos e dá um bom espaço para um desenvolvimento sagaz do roteiro.

A violência – mantendo o tom de Blue Ruin – tem um tom obscuro. A grande motivação por trás do pânico dos jovens está na falta de conhecimento da real motivação dos neonazistas, algo que o espectador tem conhecimento prévio, e que se torna uma das grandes cartas na manga do filme para fidelizar seu público.

Dois são os destaques: Anton Yelchin (que infelizmente partiu muito cedo) dá voz a um homem extremamente emocional, carregado de vontade de viver, enquanto Stewart abusa de sua experiência para fazer o contraste perfeito através de um homem frio e calculista.

A fotografia usa muito bem ângulos de dois terços, captando o drama. Histórias que envolvem a fuga de um lugar misterioso estão aumentando muito. 10 Cloverfield Lane tentou, sem sucesso, gerar um ambiente de medo. Green Room parte do mesmo conceito, mas consegue um desenvolvimento interessante graças a interposição de duas forças antagônicas, com objetivos gerais claros e bem definidos.

Este filme definitivamente coloca Jeremy Saulnier na lista dos grandes diretores independentes de seu gênero. Resta esperar seu próximo passo. O fato é que filmes como lt Follows e Green Room impressionam com um orçamento mínimo, deixando claro que a construção geral da narrativa deve ser vista como prioridade principal – sempre.

*Green Room está disponível na Amazon Video.

NOTA: 7/10

IMDb

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