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Midnight Special – 2016

Jeff Nichols conquistou o cinema mundial com Take Shelter, um dos filmes mais discutidos dos últimos anos. Por conta do sucesso e da boa recepção tanto dos críticos quanto do público em geral, qualquer produção com sua assinatura terá altas expectativas. Midnight Special é um filme de ficção independente que começa poderoso, mas perde força ao querer copiar a receita de sucesso de Take Shelter de todas as formas.

Roy (Michael Shannon) e Lucas (Joel Edgerton) estão em um pequeno quarto com uma criança,  Alton (Jaeden Lieberher). Não demora muito para descobrirmos que a polícia divulga o sequestro do menino, apesar de Roy ser chamado de pai pelo mesmo. Ao mesmo tempo, todos os membros do culto liderado por Calvin (Sam Shepard) são levados pelo FBI para interrogação. O menino é especial, e o governo procura desesperadamente informações que levem ao seu paradeiro.

A tensão e o suspense gerados desde o primeiro minuto, empolgam muito. Até a metade do filme, passamos a nos perguntar o que há de errado com os protagonistas, e se o segredo que eles buscam afastar do governo é real ou apenas produto das mentes de um culto. Mais uma vez Michael Shannon rouba a cena e entrega uma atuação de alto nível, tornando-se em um dos principais motivos pelo qual o longa não se perde completamente de seu eixo na meia hora final, quando Kirsten Dunst entra em cena na tarefa de ajudar a esconder o menino.

Para tentar inspirar seu público em ver um roteiro parecido com o de Take Shelter, Nichols peca ao não querer discutir fatores que tornariam seu longa bem mais atraente (como as coordenadas e a participação da NSA na busca pelo garoto). Isso ocorre apenas pelo fato de levar um final aberto, onde cabe ao espectador juntar as peças para montar o quebra-cabeça. Funcionou bem em Take Shelter pela quantidade de informações secundárias que não estavam atreladas ao objeto central da análise. Em Midnight Special, o mesmo não chega nem perto de ocorrer, muito por culpa de uma edição perdida e de uma trilha sonora que não passa para as telas a mesma intensidade que é colocada através dos atores.

Geralmente, em filmes deste gênero, recomenda-se assistir mais de uma vez a produção para captar toda a história. Neste caso, a dica não se aplica, já que uma atenta análise já basta para entender o quanto o diretor e seus produtores cercaram-se mais em uma ficção aberta do que em um thriller que pudesse nos questionar se o que estávamos vendo era real ou apenas fruto da mente dos protagonistas.

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NOTA: 6/10

IMDb

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