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The Dressmaker (A Vingança Está na Moda) – 2015

The Dressmaker (A Vingança Está na Moda, no Brasil) foi proclamado pela diretora e pelos produtores australianos como a versão renovada de Unforgiven. Poderia discutir apenas o quanto essa visão é errada e absurda, mas considero que ela é digna de citação apenas para mostrar o quanto filmes fracos necessitam de um suporte em cima de um grande clássico para tentar cobrir suas próprias falhas. Estrelado por Kate Winslet e dirigido por Jocelyn Moorhouse, o longa não consegue achar o tom certo, misturando cenas de comédia (absolutamente sem graça) com um drama de vingança, que não convence por um segundo sequer.

O roteiro foi baseado no bestseller homônimo de Rosalie Ham, que certamente não deve estar satisfeita com a forma com que seu personagens foram levados para as telas do cinema. Ao invés de pistolas, Tilly (Winslet) tem sua máquina de costura. Ela retorna para sua terra natal após ser acusada de matar uma menino durante sua infância. A cidade inteira olha para ela com discórdia – e até mesmo sua mãe, Molly (Judy Davis) acredita que ela está amaldiçoada. No entanto, após fazer um vestido para Gertrude (Sarah Snook) e torná-la a mulher mais desejada do pequeno vilarejo, aos poucos sua imagem é remodelada. Dentre os personagens de apoio, destacam-se o sargento com opção sexual indefinida (Hugo Weaving), um jogador interessado em romance (Liam Hemsworth), e seu irmão com problemas mentais (Gyton Grantley).

É estranho ver Winslet em um papel tão diferente de tudo o que ela fez em sua carreira. Geralmente ela é vista como uma atriz séria, que aceita trabalhos em dramas com conteúdo. The Dressmaker é um filme que depende exclusivamente da imagem de sua protagonista, mas aposta em passagens como uma cruzada de pernas em meio de trinta homens para buscar seu sucesso de forma não convencional.

A ideia de Moorhouse foi mostrar uma história de vingança pessoal (se é que ela de fato existe) através de uma perspectiva mais despojada, sem compromisso. Por este motivo, todo o drama e as lágrimas de Tilly não passam confiança e credibilidade. Essa poderia ser uma ótima ferramenta para desestruturar um filme de comédia, mas este não é o caso aqui. O problema é que acontece uma inversão de gêneros, e existem tantas passagens que buscam ridicularizar os personagens secundários que o filme entra em um movimento cíclico desagradável. Por conta disso, The Dressmaker pouco fala sobre vestidos – e cria uma protagonista perdida em seu próprio mundo. E a tão proclamada vingança ao estilo Unforgiven é apenas marketing barato.

*Agradeço à Amazon pelo screener enviado via IMDb para análise deste filme.

NOTA: 3/10

IMDb

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