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Sommeren ’92 (Verão de 92) – 2015

Fazer um filme que trata sobre futebol é uma tarefa um tanto quanto complicada. O esporte é tão grandioso que captar sua essência é extremamente difícil. Tanto é que até hoje nenhuma produção conseguiu se destacar com imagens dentro do campo. A atmosfera única e a vibração da torcida são dois grandes empecilhos, já que é praticamente impossível emular emoções tão fortes. Sommeren ’92 (Verão de 92, no Brasil) foi um dos grandes lançamentos do cinema dinamarquês em 2015, e trata sobre a vitoriosa equipe que conquistou a Eurocopa de 1992 – naquela que seria uma das grandes zebras da história do futebol. A mistura das imagens de arquivos com as tomadas encenadas deu certo. Só faltou um pouco mais de capricho e investimento.

Dirigido por Kasper Barfoed, que volta para sua terra após o fracasso de The Numbers Station, a produção visa contar os altos e baixos da equipe dinamarquesa a partir da visão do técnico Richard Møller Nielsen, falecido em 2014. Após querer implementar um estilo de jogo completamente diferente do proposto por Sepp Piontek na geração de 1980 (conhecida como equipe dos melhores perdedores), Nielsen entrou em confronto direto com os irmãos Michael e Brian Laudrup, que deixaram a seleção, clamando por sua demissão. Após conseguir uma vaga na Eurocopa de 92 apenas dez dias antes do evento por conta da desclassificação da Iugoslávia (sanção pela guerra) – Nielsen deixou de lado a rixa com Brian Laudrup e conseguiu montar uma equipe vencedora.

A montagem do longa é interessante. Como mencionado anteriormente, as imagens reais do evento dão uma boa dimensão do ambiente. Os problemas ocorrem, no entanto, quando o longa foca nas cenas feitas dentro do campo (desnecessárias, que apenas ressaltam a falta de orçamento). O roteiro é feito para engrandecer a conquista – algo justo, tendo noção de que essa equipe de 1992 é reverenciada até hoje no futebol. Os produtores, portanto, não tem problema algum em deixar claro que este é um filme de fãs para fãs. O caminho até a final, contra a poderosa Alemanha (reunificada e campeã do mundo) tem histórias de bastidores reveladas de forma ágil, com uma ponta de humor típico dos nórdicos.

O roteiro foca em uma série de histórias secundárias (que passam desde os problemas extra-campo de alguns jogadores até a difícil relação de Brian com Richard Nielsen. Para seu objetivo de contar a história da Euro 92, sem grandes preocupações extras e com foco apenas no futebol, o longa atinge uma público alvo bastante restrito, o que deve garantir sua distribuição em breve por toda Europa, e, quem sabe, receba algum espaço também no Brasil.

NOTA: 6/10

IMDb

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