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The End of the Tour (O Fim da Turnê) – 2015

James Ponsoldt é um diretor que já provou ter potencial. Jesse Eisenberg ficou marcado por sua atuação em The Social Network – que lhe rendeu uma nomeação ao Oscar de melhor ator – e busca provar que tem talento o suficiente para voltar a ser considerado um ator de ponta. De certa forma, estas duas histórias cruzam perfeitamente com a vida David Lipsky, um dos alvos de The End of the Tour (O Fim da Turnê, no Brasil).

1996. O cenário literário dos Estados Unidos aplaude o lançamento de Infinite Jest, magnum opus de David Foster Wallace (Jason Segel). Lipsky (Eisenberg), jovem repórter Rolling Store, propõe ao seu chefe entrevistar o autor para decifrar o homem por trás deste livro – o que é prontamente aceito, naquela que se tornaria uma das publicações mais importantes da história desta revista.

The End of the Tour requer um conhecimento básico para melhor compreensão. Não se busca analisar quem era Wallace – mas sim o sentido de suas palavras, ás vezes tão confusas. Por conta disso, o espectador pode ficar boiando em momentos decisivos. O filme, por exemplo, não deixa clara a dimensão do lançamento de Infinite Jest, nem mesmo chega a mergulhar na controversa figura do personagem interpretado por Segel. O roteiro adaptado do livro Although Of Course You End Up Becoming Yourself: A Road Trip with David Foster Wallace ficou a cargo de Donald Margulies, professor de Ponsoldt na escola de cinema. É interessante notar como os cinco dias da entrevista / road trip dos dois tem um toque extremamente positivo, e mesmo quando existem controvérsias e diferenças, elas são bem vindas em meio ao contexto apresentado, coisa que só é possível quando a transferência do livro para as telas é polida e bem trabalhada. A elegante fotografia de Jakob Ihre segue o mesmo padrão de qualidade de seu início de carreira no cinema nórdico. Seu primeiro trabalho nos Estados Unidos mostra o quanto seu padrão diferenciado de cores tem potencial para brilhar em Hollywood.

Como citei na abertura desta crítica, The End of the Tour tem o potencial de ser para Ponsoldt e Eisenberg o que a entrevista com Wallace foi para Lipsky, que já tinha provado certo reconhecimento em sua área, mas que estava em uma zona de conforto extremamente cômoda, apesar de seu imenso potencial. O que ele precisava era uma grande chance – como a que o diretor deste filme recebeu – para provar a todos que ele é realmente diferenciado (situação parecida com a vivida pelo ator que interpreta o jornalista). Quem se destaca e merece os louros, no entanto, é Jason Segel, que entrega a melhor atuação de sua carreira e uma das melhores atuações do ano.

NOTA: 7/10

IMDb

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