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Psycho II (Psicose – 2ª Parte) – 1983

Começo da década de 1980: Robert Bloch, observando o sucesso ímpar de filmes do gênero slasher como Halloween decide publicar Psycho II. Como ele recordaria anos mais tarde, ali estava montado seu inferno pessoal. Bloch era o mesmo autor do livro que inspirou Alfred Hitchcock a criar um dos filmes mais importantes do século passado. O problema é que, em Psycho II, ele fazia uma crítica direta ao cinema de horror de Hollywood e ridicularizava Norman Bates em vários momentos.

A partir daí, uma disputa de três partes tomou lugar: a Universal, detentora dos direitos do filme, queria apagar a imagem negativa repassada por Block com um novo filme, para deixar claro que o legado de Bates não seria tocado de forma negativa. Ao lado dos executivos estava parte da família de Hitchcock, que apoiou desde o primeiro dia a ideia de um novo longa. Do outro lado, o solitário Bloch – a quem o mestre do suspense tanto elogiou em vida – agora era visto em Hollywood como persona non grata.

A história de revanche que deu espaço para Psycho II (Psicose – 2ª Parte, no Brasil) nada mais foi do que um mero pretexto encontrado pela Universal para faturar milhares de dólares em cima de um clássico do cinema consolidado e respeitado. Menos de dois anos após a morte de Hitchcock, a solução encontrada para não criar atrito com os fãs foi colocar Hilton A. Green – diretor assistente do longa original – como produtor e escalar Richard Franklin, pupilo de Hitchcock, para a direção.

A Universal investiu pesado no marketing de Psycho II. Propagandas e anúncios de jornais deixavam claro que Norman seria solto da prisão após estar curado de seus distúrbios mentais. Ao retornar para seu Motel, ele descobre que o atual gerente ‘baixou’ o nível do local. Após retomar o controle do estabelecimento, ele oferece para Mary (Meg Tilly), um quarto em sua casa. Só que ele começa a sentir a presença de sua mãe, ao mesmo tempo em que Lila Loomis (Vera Miles), irmã de Marion Crane, passa começa a perseguir Norman.

Psycho II falha miseravelmente ao tentar trazer de volta Norman Bates (Anthony Perkins). Roger Ebert disse com muita propriedade que jamais haverá outro Psycho. Você pode assistir dez, vinte vezes a cena do chuveiro. Ela sempre despertará um sentimento ímpar no espectador. Poucas vezes a trilha sonora se encaixou com tanta perfeição em uma cena de um filme. Sabendo que dificilmente conseguiria prestígio pela história – que nada tem em comum com o livro de Bloch, por sinal – a decisão de abrir o filme com Janet Leigh no clássico de 1960 é um tanto controversa. Afinal, ninguém assistiria Psycho II sem ter visto a obra prima de Hitchcock.

O roteiro é recheado de clichês e viradas para tentar causar uma surpresa. A péssima edição – com cortes bizarros – apenas pioram o quadro de Psycho II, um filme que jamais deveria ter saído do papel.

NOTA: 2/10

IMDb

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