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Black Mass (Aliança do Crime) – 2015

Black Mass (Aliança do Crime, no Brasil) foi anunciado como o filme para resgatar a carreira de Johnny Depp. Desde o começo do ano, agentes da Warner fizeram um pesado investimento em propaganda para divulgar o longa. A ideia era trazer para a sala de cinema aquele fã de Depp que descontentou-se com os últimos projetos do ator, como Mortdecai.

Baseado no sucesso do livro homônimo de Dick Leher, a história trata sobre a carreira do criminoso James ‘Whitey’ Bulger (Depp) e de sua Winter Hill Gang, que aterrorizou Boston por duas décadas. Irmão do Senador Estadual William ‘Billy’ Bulger (Benedict Cumberbatch), ele acaba virando informante do FBI graças a sua longa amizade com o agente John Connolly (Joel Edgerton), já que o objetivo de ambos é liquidar com a máfia italiana.

Para quem conhece o caso, fica claro ao rolar os créditos que alguns tópicos ficaram em aberto. Isto ganha uma dimensão maior quando lembramos da exibição de Whitey: The United States of America v. James Bulger, no ano passado. O documentário, que também tem suas falhas de roteiro, tem seu mérito ao mostrar com muita qualidade e clareza como o FBI basicamente virou as costas aos crimes de Whitey, algo que fica vago em Black Mass, parecendo que toda a culpa esta no colo de Connolly, o que não é verdade. Aliás, a principal falha de Black Mass é ser extremamente cauteloso por estar tratando de pessoas vidas. Como exemplo, Benedict Cumberbatch foi terrivelmente utilizado, já que a influência do ex-Senador estadual que o ator interpretou ainda é notória. A conclusão mais simples e rápida para o espectador é uma história na qual Whitey é o culpado por todos os crimes de sua gangue, o que também não é verdade. Ao colocar pra baixo das cortinas a participação da agência federal de investigação dos EUA e diminuir o papel de Billy, a veracidade do caso cai por terra, virando mais um filme levemente baseado na realidade.

A ambientação criada pelo diretor Scott Cooper é um tanto quanto questionável. Ao trazer constantemente os flashbacks para dentro da narrativa principal, existe uma lacuna enorme que fica para ser preenchida no roteiro, uma vez que não existe sequer uma grande virada no caso de Whitey. Por conta disso, os recursos encontrados foram criar diálogos secundários e explorar a violência do mafioso. O melhor deles, por sinal, foi a base para o trailer final de Black Mass, vendendo um filme que parece ser bem mais ambicioso do que realmente é. Se os trajes são bons e a maquiagem – o que chama a atenção logo de cara – também ser bem feita, o escuro mundo de Whitey não se justifica. Mesmo com vários crimes apresentados e com o objetivo secundário de analisar seus capangas não acompanha por um segundo o toque proposto pelos roteiristas Mark Mallouk e Jez Butterworth, criando uma confusão ainda maior.

A atuação de Depp, ainda que boa, está longe de ser a melhor de sua carreira. A Warner imaginava uma indicação ao Oscar, o que parece extremamente difícil dado o alto número de interpretações melhores e a falta de articulação do filme dentro de Hollywood. A primeira investida de Cooper em um filme de grande orçamento é razoável. Ainda que longe de ser um fracasso, Black Mass decepciona pela expectativa plantada pelos seus produtores e pela distribuidora.

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NOTA: 6/10

IMDb

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