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The Haunting (Desafio do Além) – 1963

Ao analisar The Haunting (Desafio do Além, no Brasil) facilmente se chega a conclusão de que este longa envelheceu muito mal. Como sempre falo, jamais alguém pode querer fazer comparações de um filme da década de 1960 com os olhos do presente – especialmente no gênero terror. Enquanto os filmes atuais recebem todo o tipo de efeito visual e sonoro para causar tensão no público, antigamente, é claro, tudo era feito no improviso. E é justamente o excesso de improviso e a falta de uma história realmente cativante que torna The Hauting extremamente monótono e desgastante.

A história adaptada do clássico The Haunting of Hill House, de Shirley Jackson, envolve uma pequena equipe de investigação liderada pelo professor de Antropologia John Markway (Richard Johnson), que busca estudar os mistérios de uma mansão de 90 anos de idade – assombrada por incidentes bizarros. O grupo seleciona duas mulheres para habitar a casa por algumas semanas: Eleanor (Julie Harris) acabou de perder sua mãe, e parece obcecada com tudo o que envolve morte; Theodora (Claire Bloom) é conhecida pelos seus instintos – talvez sobrenaturais. Além delas, o jovem Luke (Russ Tamblyn), herdeiro da casa, também participa da experiência.

Justiça seja feita: se hoje em dia é extremamente comum ver longas que tratam de casas mal assombradas, foi Robert Wise, nesta película, que deu o pontapé inicial para o mesmo. Desde as batidas na parede até os gritos dos mortos, é interessante notar como o diretor deixa de lado o uso da banda sonora e investe fortemente no fechamento da tomada nos rostos das protagonistas para tentar explorar ao máximo o desespero e descontrole das mesmas – buscando, assim, transmitir uma ponta de realismo ao público.

The Haunting aposta em um tipo de terror diferente do que era feito na década de sua produção. Ao investir em um fantasma oculto – sem revelar sua real identidade ao longo do filme – e finalizar ampliando ainda mais a imagem da problemática casa, Wise tomou a iniciativa de alterar bruscamente pontos da história original de Jackson para cumprir seu objetivo. De fato, o maior problema é aproveitar mal o tempo de rodagem, explorando por quarenta minutos relações pessoais que poderiam ficar de lado, já que nunca tomam parte da história principal.

Sem nenhum chamativo extra, é notório que The Haunting atualmente é apreciado apenas por um público seleto. Como o diretor citou no final de sua vida, um filme preto e branco e sem nenhum avanço tecnológico é difícil de ser vendido para o mercado do século XXI.

Clássicos nunca morrem, mestre Wise.

NOTA: 6/10

IMDb

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