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A Long Way Down (Uma Longa Queda) – 2014

Londres, noite de ano novo. Quatro desconhecidos se reúnem no topo de um prédio para dar fim em suas vidas. Cada um com seu próprio motivo, com sua própria dor. Ou não. A Long Way Down (Uma Longa Queda, no Brasil) consegue piorar o livro homônimo ao tentar fazer piada com um tema tão delicado quanto o suicídio. Aliás, a coisa é tão grave que se alguém começar a assistir este filme a partir dos quinze minutos de rodagem, vai pensar se tratar de uma comédia romântica.

Martin (Pierce Brosnan) é um famoso apresentador de televisão inglês que perdeu toda sua credibilidade após se envolver com uma garota de quinze anos e ver o mundo cair em suas costas. Maureen (Toni Collette) é uma mãe depressiva que pensa que sua morte irá melhorar a condição de vida de seu filho, que sofre de graves problemas mentais. Jess (Imogen Poots) é filha de um político famoso que passa pela complicada fase de aceitação na adolescência junto de problemas pessoais. E J.J. (Aaron Paul), nunca conseguiu realizar seu sonho de ser um músico famoso e leva a vida como um simples entregador de pizza. Eles deixar de lado a ideia e formar um grupo para se ajudarem.

Poderíamos perder um tempo precioso para analisar todos os problemas de um roteiro que nasce de um livro horroroso mas resumo tudo apenas na análise do personagem de Aaron Paul, que é um rip-off de Jesse (Breaking Bad). Não me entenda mal, esta série é a minha preferida em se tratando de televisão americana, mas é incrível ver que os produtores não tiveram a mínima capacidade para interferir e ordenar que Aaron não falasse de forma pausada e nem utilizasse as mesmas expressões corporais que o tornaram famoso. Até mesmo Rosamund Pike aparece em uma atuação extremamente forçada e desnecessária.

Se fica bem claro que nada convence neste filme, o agravante é que, a partir da metade final, parece que ocorre uma síndrome do esquecimento e tudo o que vemos na tela não condiz com nem 10% do sofrimento apresentado na primeira cena. Isto é particularmente triste, pois é uma péssima forma de tratar de um assunto que necessita de uma discussão séria e importante. Se o filme adotasse um tom mais leve desde a primeira cena, com certeza não faria esta reclamação. Mas acredito que o fracasso total desta produção vai deixar uma lição para as produtoras que comprar os direitos de um livro sem esboçar sequer um plano de viabilidade.

E não é que o filme acaba com tons de comédia romântica mesmo? Vergonhosa produção que não condiz com o refinado humor do cinema britânico.

NOTA: 3/10

IMDB

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