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Thief (Profissão: Ladrão) – 1981

Michael Mann é um dos grandes diretores do gênero crime dos Estados Unidos. Minha única crítica é que ele trabalha pouco – média de um filme a cada quatro anos. Thief (Profissão: Ladrão, no Brasil) foi seu primeiro longa-metragem, em uma arriscada tentativa de mudar os rumos de uma carreira que tinha tudo para dar certo como produtor de drama na televisão. Bom que não deu.

Frank (James Caan) é um ladrão profissional. Dono de loja de automóveis e de um bar durante o dia, ele pretende começar uma vida nova assim que conseguir dinheiro suficiente para deixar seu passado para trás. Junto com seu parceiro Barry (James Belushi), ele planeja um grande assalto através da rede de contatos do mafioso Leo (Robert Prosky). Ao mesmo tempo em que ele planeja viver sossegado com sua nova namorada, Jessie (Tuesday Weld), o prestígio de trabalhar para o gangster incomoda Frank, que passa a sofrer pressão de seus colegas e, pela primeira vez em sua carreira, é vítima de extorsão por parte dos policiais.

A construção do filme é poderosa: desde a primeira cena temos um personagem convicto de suas escolhas. A representação de seus sonhos em uma folha de papel, além de poupar um precioso tempo de contextualização – muito bem aproveitado em outras cenas, por sinal – funciona de forma satisfatória na transição do começo para o meio e do meio para o fim do filme. Mann tornou desta película a melhor representação daquela história básica de um criminoso que busca um último trabalho para se aposentar. Me dá enjoos só de pensar como este plot tem sido explorado e deturbado, especialmente na última década.

Como todo filme de crime da virada da década de 1970 para os anos 80, o principal problema é a trilha sonora. Não quero cometer um anacronismo, pois na época esta era a grande moda deste gênero, mas é indiscutível que a música de fundo atrapalha muito o desenrolar da história. Este é apenas um exemplo dentre alguns fatores que colocam o filme como ultrapassado perante a sociedade atual (no qual também destacaria a forma dominadora do homem perante a mulher). O roteiro foi inspirado em um livro escrito por um ladrão de joias, base para o personagem de James Caan.

Um clássico cult que influenciaria diretamente a produção de um dos filmes mais impactantes da história deste gênero (Heat), também obra deste grande diretor. Indispensável!

NOTA: 7/10

IMDB

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