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Honkytonk Man – 1982

Hoje é um dia muito especial! Além de ser celebrado o dia do trabalhador, 1° de maio também é o dia em que Clint Eastwood completa mais um ano de vida. Este grande ator e diretor dos Estados Unidos foi o grande responsável por despertar em mim a paixão pelo cinema ainda quando adolescente. Westerns, dramas, filmes de ação e comédias: Clint passou por todos estes gêneros com uma persona macho man que se adaptava muito bem a novos desafios. Com muita alegria posso dizer que hoje também é o dia em que completo toda sua filmografia (tanto como ator quanto como diretor).

E que pena que poucas pessoas ouviram falar neste extraordinário filme chamado Honkytonk Man (inédito no Brasil). Tenho absoluta certeza que se este filme fosse rodado após o sucesso de Unforgiven, certamente Clint teria chance ao Oscar de melhor ator (claro que com um pouco mais de cuidado da equipe de produção também). Em 1982 ainda era difícil separar Eastwood de Dirty Harry e do Homem sem Nome. Seus primeiros filmes como diretor estavam em uma categoria secundária para as principais produtoras, o que lhe restringiu muito no quesito orçamento. Ainda assim ele tentou tirar leite de pedra e conseguia na maioria das vezes dar uma invejável sensação de imersão e profundidade ao espectador.

Ao assistir este longa, não consegui deixar de lado a inevitável comparação com o excelente Crazy Heart (2009). Assim como o personagem interpretado por Jeff Bridges (em uma atuação de primeiro nível que lhe rendeu um merecido Oscar de melhor ator), Red Stovall (Eastwood) é um músico que sofre com vários problemas pessoais e está se entregando aos poucos para o alcoolismo devido o progresso de sua tuberculose. Ele vive com os trocos que ganha atuando como Honkytonk Man, que seria, em uma tradução livre, aquele músico que anda de bar em bar. Ele ganha a oportunidade de atuar no festival Grand Ole Opry, em Nashville e começa um road trip com seu sobrinho (Kyle Eastwood), onde este passa a defender seu tio com unhas e dentes e aos poucos toma responsabilidades e decisões de um homem feito, apesar de sua idade.

A música é a segunda maior paixão de Clint. Além de escrever músicas para seus longas, ele também já dirigiu filmes que tratam sobre o assunto, como Bird (1988) e cantou em longas  como Paint Your Wagon (1969)  Any Which Way You Can (1980) e Gran Torino (2008) – apenas para citar alguns. Seu cuidado em adaptar a trilha sonora ao lento pace deste filme foi muito sensível e deu a este drama um final muito bonito, apesar de triste. Sem apelar para o melodrama, a doença de Stovall é tratada como um reflexo de suas opções erradas. Apesar de alguns pequenos problemas com a construção do roteiro, quase sempre atrelados a indesejada presença de Emmy (Verna Bloom), que coloca o grupo em situações irreais, Honkytonk Man é um ótimo exemplo sobre como a música liberta um homem.

Aos poucos irei adicionando mais análises dos filmes de Eastwood. Sempre acabo assistindo um clássico que outro deste ícone de vez em quando.

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NOTA: 8/10

IMDB

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